título: Caio Fernando Abreu.
Não tem xarope, aspirina, chá, injeção, cirurgia, tratamento que me cure de sentir, pensar, querer amor. Que importa? Eu não quero cura. Eu quero amor mesmo. Eu quero nunca perder a capacidade de senti-lo. Eu quero perder o controle algumas vezes por causa dele. E depois recuperá-lo. Eu quero perder a paz vezenquando pra depois me acalmar. Eu não quero uma vida fria como a que é vazia de amor. Eu quero um amor quentinho pra me esquentar no inverno. Eu aceito qualquer condição pra tê-lo. Aceito me doer às vezes. Ao contrário do amor, a dor tem remédio. O amor não tem, porque ele próprio é o remédio. Desde que se saiba seguir a bula. Tomar a dosagem certa (qual seria?). Contra-indicação não tem. É recomendável a todos. De qualquer idade. Doente ou não. E há um monte de farmácias por aí com o estoque cheio dele, outras nem tanto. O problema é que às vezes a gente entra nas que não tem estoque suficiente pra gente.
Tatá, tem um estoque cheio cheio por aqui, bora ver?
ResponderExcluirASHAUSHAS
lindaaa..
o texto, um charme, como você *-*