segunda-feira, 6 de junho de 2011


                Com que frequência você abre a porta pra felicidade? 

Analise bem, há quanto tempo você tá com a Dona Tristeza aí na tua sala pensando no quanto a Srta. Felicidade não aparece? Quando você percebe que já se acostumou com a Sra. Tristeza, como se ela fosse um móvel da casa que adquiriu a aparência de que sempre esteve ali, é hora de dar uma espiada na janela ou no olho mágico da sua porta.  É preciso ter olho mágico pra vislumbrar a Srta. Felicidade. Ela pode estar lá fora rondando o teu quintal, plantada na tua porta e você aí servindo cafézinho pra Tristeza. Ô senhora espaçosa, essa Tristeza! Você serve dois, três cafézinhos, e ela já está lá deitando a perna no teu sofá, dormindo na tua cama, tomando banho no teu chuveiro... se você não fizer uma menção de que deseja a sua partida, ela toma conta da sua casa. Sabe os baobás? Aquelas árvores que crescem muito e que o pequeno príncipe nos alerta contra o drama que se dá quando não as cortamos quando pequenas e elas tomam conta do planeta inteiro? Pois-zé, as tristezas são verdadeiros baobás. E se a gente não tiver um carneiro de estimação pra comê-las quando estão no início de seu crescimento, vira um dramalhão só. E aí só um milagre resolve. É melhor deixar a sua felicidade no domínio de um milagre ou no domínio da sua responsabilidade?  Se você não permitir, a Felicidade não vai entrar. O mais sensato, ao meu ver, é deixar a porta aberta, possibilitando o fluxo das emoções. Porque a vida é fluxo. A vida é movimento. A vida é esse entre-e-sai mesmo. Ora triste, ora feliz. Mas com a consciência de que a tristeza e a felicidade requerem a tua permissão. É bem assim como o Pe. Fábio de Melo disse:  


"Porque tão importante quanto não fechar a porta para os sofrimentos é não impedir, depois, a entrada das alegrias..."




  Ah, e ter um carneiro também seria importante. 





- Hey, Felicidade! Vamos entrando! 
Não repare na bagunça, Dona Tristeza esteve aqui há pouco 
e sabe como ela desarruma as coisas por onde passa.
Mas por favor, sente-se, fique à vontade, a casa é sua.
Aceita um café?


Um comentário:

  1. Você tem servido café demais à tristeza que eu sei. Deveria empregar mais essas tuas próprias palavras na sua vida.

    Ass,
    você mesma.

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